Consciência de cada um...

Não é vestindo uma camiseta “100% Jesus” é que vamos transformar a nação.

Também não basta somente orar para que a situação mude.

Achar que votar em pastores resolverá o problema também é muita hipocrisia.

Nós, os cristãos só seremos de fato diferença na nação quando cada um for uma agente de mudança, formadores de opiniões, responsáveis por idéias, movimentos inteligentes e que gerem resultado.

A área da Garantia da Qualidade diz que “uma boa prática começa com a sua”. E isto é verdade. A mudança deve começar em mim. Não adianta votar em um pastor e odiar política. Você pode sim, não gostar das praticas dos políticos. Mas estamos nesta situação que estamos justamente pela ignorância e falta de conhecimento.

Algumas igrejas mobilizam seus membros para votarem no pastor ou irmão da igreja. Outras, no entanto dizem: “nós não nos envolvemos com política.” E existem aquelas situações onde se ouve: “Deus vai fazer justiça, nós não opinamos”. Nós não opinamos? Cristãos sendo “orientados” a fazer vista grossa para a corrupção e injustiças sociais? Quer dizer que eu não posso criticar os buracos das ruas da minha cidade por que estou em rebeldia e Deus é quem vai resolver isto? Pensamento pequeno hein!

Se a bíblia me diz que o povo perece por falta de conhecimento, e que não devo me conformar com este mundo, logo isto significa que é justamente o conhecimento é que não nos fará perder, é o conhecimento que vai alimentar todo um processo de transformação.

Para gerar massa crítica, usar o senso crítico em si não é preciso ir muito longe, ou fazer um doutorado. Basta estudar um pouquinho só. E simples, por que não formamos grupos para discutir como a igreja pode agir nas áreas de educação, saúde, meio ambiente, social?

Já que não há iniciativa pública, por que igrejas não se mobilizam para capacitar pessoas para o mercado de trabalho, gerar empregos?

Um exemplo que pode ser explorado: os advogados nas igrejas poderiam realizar palestras sobre diversos temas.

Idéias, iniciativas, atitudes. Quebra de paradigmas e inconformismo.

Pouco me importa se alguns dizem que não devo me revoltar com políticos, e sim abençoá-los. Ok estão abençoados, mas vou sempre lutar por uma sociedade mais justa e digna.

E vou buscar o conhecimento, por que não entender sobre leis? Pouco se sabe sobre nossos próprios direitos. (O mais estranho é saber que para os próprios políticos não é interessante que o povo tenha acesso aos seus próprios direitos). O meu dever é pagar os impostos previstos por lei.

Aliás, somos engolidos por impostos.

“A carga não é suficiente para termos bons serviços no Brasil. Ainda temos vários problemas de qualidade, que não estão necessariamente ligados com o tamanho da carga tributária, e temos de melhorar isso “. (disse o professor de Economia da Unicamp, Francisco Lopreato)

E cobrar sim os resultados. Afinal estão no poder para atender a sociedade, e não seus próprios interesses.

Quando deixaremos de ser meros expectadores?

Percebe que se um grande time de futebol esta indo de mau a pior a torcida protesta, contra o técnico, jogadores que fazem corpo mole, diretoria que não contrata atletas a altura , etc.

E por que não usamos deste mesmo argumento na política?

Por que não protestamos contra a falta de resultados?

E estamos pedindo algo do além? Além dos nossos direitos?

Se amamos um time de futebol, também não seriamos capazes de fazer o mesmo pelo nosso próprio pais?

Também não se pode generalizar, existem pessoas de boa índole de valores e princípios e estes merecem meu apoio e respeito.

A busca pelo conhecimento, o senso critico, a cobrança, acompanhar o dia a dia dos homens e mulheres que criam e aprovam nossas leis, tudo isso é meu e seu dever. A situação jamais vai mudar somente pelo fato de ter um pastor no senado no congresso, ou até mesmo na presidência. Isto pode sim ter grande impacto. Ma jamais se compara se o povo cristão for um povo unido, comprometido e inteligente.

Precisamos urgente de pessoas inteligentes, que debatam, exponham suas opiniões, levem a diante questões do interesse de todos. Nós mais do que ninguém precisamos exercer o senso de coletividade, e pensar e amar o próximo também é isto.

Temos ótimas ferramentas para isso, como por exemplo, as próprias redes sociais. Que podem proporcionar ambientes virtuais de debates. Isto pode ser muito positivo. Basta iniciar um assunto e debater.

Se o mundo fica tão apegado a coisas banais, sem valor. Vamos ocuparmos esta lacuna e tomar posse de um lugar que é nosso.

Ser o sal da terra é fazer a diferença, no agir no pensar, no modo de pensar, ser ativo e nos adiantar a situações e não esperar as coisas acontecerem de forma negativa e simplesmente se lamentar.

Não podemos ser mais surpreendidos por leis absurdas. Não podemos mais ficar assistindo a corrupção. Ser expectadores do sofrimento.

Político não utiliza saúde e educação pública. Família de político também não.

Estudar propostas, analisar o histórico, é fundamental.

Mas acredito que o principal ainda é... Acompanhar o dia a dia destes “camaradas eleitos” e cobrar por resultados. De que maneira? Das mais criativas e variadas possíveis.

E no paralelo a isso: desperta igreja! Vamos avançar, vamos suprir a necessidade das pessoas e provar que é possível, com muito empenho e trabalho.

E claro, com muita inteligência, reforço este aspecto: inteligência para seguir em frente!

Se nos esforçarmos, Deus nos capacitará, o Espírito Santo trabalha por nós.

Vamos ler mais, debater mais, discutir mais, vamos gerar nesta sociedade a massa crítica de tudo que acontece a nossa frente e as vezes não percebemos. Só percebemos quando já somos refém da situação. Mas isto vai mudar. Ah vai!!!!

Sou crente mais não sou besta, Sou crente, mas não sou bobo!

Texto extraído do blog do Rafa

(www.saiqueagoraeuqueroandar.blogspot.com)