Reconciliação

Olá amigos... compartilhando trechos do livro que estou lendo...

uma delícia de leitura, recomendo...

"A Oração de JÓ - Sandra Querin - BV BOOKS" - páginas 102, 103, 104 e 105 -

     O livro de Filemom é um exemplo perfeito de reconciliação. Na verdade, é um exemplo tão perfeito, que as suas verdades são universais. Eu o utilizei como texto principal em universidades do Estado da Califórnia e em comércios durante anos quando eu dava aula de administração de empresas, ética, desenvolvimento de equipe e solução de conflitos.

     Esta é a intervenção de Paulo em uma situação doméstica secular trazendo salvação, reconciliação e perdão. Onésimo era escravo e Filemom seu senhor. Onésimo fugiu, esbarrou em Paulo e encontrou Cristo! Ele se tornou uma grande ajuda para Paulo, que na época deste manuscrito estava curtindo o seu primeiro período na prisão em Roma. Paulo deixou claro que uma reconciliação entre Filemom e Onésimo precisava acontecer.

     Filemom era um homem rico que vivia em Colosso e tinha uma igreja em sua casa. O seu filho era ministro, e ele e a sua esposa também estavam envolvidos na obra. Paulo encorajou Filemom a não pensar mais em Onésimo como um escravo, mas um irmão em Cristo. Ele gastou tempo escrevendo o novo relacionamento que eles poderiam experimentar se Filemom permitisse que isso acontecesse.

     Quando Onésimo apareceu, ele foi recebido como um irmão no Senhor. Paulo viu com isso que eles deixaram o passado de lado e olharam em frente, em direção ao futuro que poderiam ter no Senhor. Reconciliar-se, lembre-se, é mudar profundamente. A reconciliação não faz prisioneiros; ele apenas faz o que precisa ser feito.

     Mas quando não fazemos nada de errado e somos injustamente atacados, é realmente difícil lidar com a situação. Certa vez, uma mulher, extremamente rude, entrou na minha vida. Ela não era rude com mais ninguém, mas, regularmente comigo. Eu finalmente perguntei ao Senhor o que eu estava fazendo de errado e Ele me mostrou em Mateus 5:23-24:

     Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.

     Em outras palavras, Deus disse que devemos nos reconciliar com os outros antes de voltarmos ao altar do Senhor e experimentar Jesus. Eu não gosto desses versos. Eu tentei livrar-me deles porque eu havia perguntado a ela antes se eu tinha feito algo que a ofendeu ou a deixou angustiada, e ela continuou dizendo: "Não, de modo algum." Mas você e eu sabemos que o que ela realmente queria dizer era: "Sim, mas não quero dizer." Então, eu estava quase me tornando refém das suas emoções. Eu não fui uma boa refém, mas eu estava presa. Eu não poderia seguir em frente em minha caminhada cristã. Eu perguntei ao Senhor: "Deixa-me ver se entendi. Eu não sou bem-vinda ao Seu altar até que me reconcilie com esta pessoa que não quer se reconciliar?" "Isso mesmo," Ele disse. "Ok."

     Basicamente, o problema nem estava tando na sua indisposição de se reconciliar, mas, sim ao fato de que ela tinha um problema, e eu não fiz nada para resolvê-lo ou fazer o mínimo de esforço para me importar. Uma vez que fazemos um "esforço além da razão", não podemos fazê-los responder, somente orar e ficar disponíveis. Depois disso, não estamos mais presos à raiva deles ou as suas atitudes. O Senhor está buscando a nossa disposição a nos submeter à Sua autoridade em todas as coisas.

     Houve um dia quando amei ao Senhor mais do que o meu orgulho e fui à cada dela. Uma vez que estava lá, eu tranquei a porta atrás de mim e disse: "Eu não sou uma boa refém, e você não vai manter-me em cativeiro. De acordo com Mateus você precisa se reconciliar comigo. Então, você irá me dizer por que me odeia tanto, e nós vamos colocar um fim nisso exatamente agora!"

     Ela respondeu que tinha um compromisso, então eu lhe disse para cancelá-lo. Eu não a deixaria sair. Eu disse a ela que agora ela era a refém, até que confessasse qual era o problema entre nós. Que escolha ela teve? Ela eventualmente confessou inveja e ressentimento ao meu respeito. Ela disse que eu não fiz nada. Este era o seu problema, e ela trataria com ele sozinha.

     Eu disse: "De jeito nenhum! Essa imperfeição caiu sobre a minha vida agora, e o Senhor me pediu para vir até aqui e ajudar você, a fim de me ajudar!" Ela chorou e chorou, pediu perdão e chorou um pouco mais. Eu pedi desculpas por não ser tão sensível às suas necessidades e comecei a edificá-la em seu talento. Nós duas choramos e nos visitamos a maior parde do dia. Juntamo-nos para um período poderoso de oração e dissemos ao inimigo que ele havia perdido. Ele nunca pode vencer contra a honestidade e a obediência à Palavra. Nós almoçamos e comemos chocolate - coisas de amiga! (rsrs...) Desde então, temos sido grandes amigas. Na verdade, agora ao invés de espalhar mentiras sobre mim, que nasceram das suas próprias feridas e dores, ela tornou-se minha grande defensora e uma ministra de cura para muitos.

     Existem aquelas pessoas que se recusam a se reconciliar. Elas estão nas mãos de Deus uma vez que fizemos a nossa parte e nos esforçamos. Mas, precisamos sinceramente fazer o nosso trabalho primeiro. Depois, deixe de lado. Como diz o ditado: "Você pode conduzir o cavalo atá a água, mas não pode fazê-lo beber." Traga a água e afague o animal delicadamente. Faça o melhor que puder. Depois, entregue nas mãos de Deus.

Fonte: A Oração de JÓ - Sandra Querin...

Abraço amigos...